sexta-feira

tudo ou nada

dessa vez .. mais uma vez, foi pra valer
pensei em todas as palavras bonitas que podia dizer, sentei, respirei e não disse um terço de nada do que guardei...
o quarto bagunçado ainda me envolve como um esconderijo, me calo e as vezes só grito...
aquele tinto da última vez, ainda goteja sobre os ensaios todos que fiz pra ti.. de novo, me surpreendi
você nunca os leu e eu nunca fiz questão

tanto de mim, tanto de ti mas sei que cada palavra te alcançou, te feriu e te beijou
eu sei, você sabe e não há nada
nada mesmo
e é só o que há agora

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segunda-feira

enfim, reencontrei.

Deixei passar e se foi...
E agora sei que faz falta de um jeito completamente destruidor, me perdi..
te encontro nas músicas da  adolescência e daqui até o fim será só isso...

E eu que pensei que acabaria te magoando, me esvazio e recomeço...

devagar.

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quarta-feira

laudo

devagar.
não sou paciente, não compreendo tantas coisas, as vezes nem as sinto, as vezes não as digo também.
não acreditam em mim, não acreditam que na maior parte das vezes sou racional, e não me importo com o fato de não acreditarem.
não há nada fora do lugar neste momento, só alguns assuntos mal resolvidos que procrastino nas resoluções, talvez minha paixão pelo drama seja a culpada de tanta procrastinação. tudo é mais claro do que parece, não há o que interpretar, seria essa a graça?
e eu me irrito com tanta inocência, eu me irrito com tantos detalhes ao qual devo me ater, tudo tão insuportavelmente irracional... talvez seja só mais um período de loucura, porque mesmo assim tudo ainda me encanta, incluindo essas malditas irritações.
é, deve ser loucura.

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segunda-feira

sem futuro ou passado, é só o presente

aprendi que não sei escrever sobre felicidade ou paixão.
talvez porque eu nunca tenha me permitido infiltrar nessas entranhas coloridas da vida, ou só por certa preguiça.não sei, sou ser estranho agora, enquanto não me falta nada, não há tamanha dor que me faça produzir textos loucos, que escorrem algo que não sinto, que finjo que sinto ou até sinto.
deixo passar os dias com a leve brisa da sacada, com os telefonemas chorosos de mãe, com aquelas saudades de alguns caprichos maternos, com o novo entre os meus braços...que a trilha sonora inunde mais uma vez essa nova vida cheia.essa vida com nós no meio.

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sábado

deveria ser poesia

a história de que de onde menos se espera floresce uma dramaturgia, cruzou as minhas linhas, veio assim, bem devagar, como se faz uma tempestade, inundando os dias de alegrias e vergonhas, tudo tão inocente que amedronta, de repente as turbulências se tornaram cômicas e a intimidade (ah, intimidade) se tornou estado de natureza.

estranho mesmo são as músicas compartilhadas, as falas, os pensamentos, os lençóis, as literaturas...todo este mundo novo; engraçado que até para as minhas velhas páginas, o enredo desta é completamente inovador e extraordinariamente prazeroso, se soubesse poetizar, poetizaria, mas a minha secularidade não permite que eu alcance tais níveis.
em suma, aquela pele sobre a minha, e os sorrisos matutinos, criam uma narrativa que infelizmente já tem um fim, mas faremos do meio algo memorável, ao menos uma vez.

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