segunda-feira

não tem meio,nem fim e sequer começo

aqueles pés na grama em frente ao lago de sempre,o fizeram lembrar que algum dia foi um pseudo escritor,que compunha textos enquanto andava,sorria,tomava banho ou quando estava parado a espera do coletivo,agora ele se pergunta para onde foi sua mente criativa,para onde foram as suas palavras e tudo o que ele consegue se lembrar é o cheiro em seu travesseiro,não se lembra sequer do que ocorrerá na noite anterior.

são nove horas de um escuro transcendental,nem as estrelas vieram vê-lo,nem o vento tocar seu rosto calmo,a lua não estava em seus dias,ele nem podia ver onde começava o céu e onde terminava o lago,quando se deu por conta não sabia mais onde começava ou terminava o seu próprio corpo,muito menos seu eu,não sabia o que era dele ou o que era o todo.

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