Queria ter o dom da poesia.Só quero,só desejo...
Sei que por me deixar levar,irei de encontro ao desconhecido,irei de encontro ao que sempre fujo,um novo sabor de dor,temer lógico que temo,mas há uma certa admiração pelo meu medo e ao mesmo tempo prazer da dor;vou me anestesiar no dia seguinte,mesmo sem saber a dimensão,eu faria isso de uma forma ou de outra...
Vou me entregar ao que pertenço,pelo menos ao que me pertencerá.
Tudo é assim,um vai e vem constante.Me engano,ou melhor,me enganei outra vez plantando a semente da esperança numa terra sem adubo,numa terra infértil que eu bem conheço.
Já posso ver os maços espalhados pelo quarto,cinzeiro pra todo lado,a fumaça,a vodka no copo verde,as conversas sobre filmes ou politica,a agenda do Che entre nós,ao som de Cocaine.Os perfumes,os corpos,as vozes,preciso.
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